sábado, 13 de junho de 2009

mais um encontro com Miguel Torga


Quietude



Que poema de paz agora me apetece!
Sereno,
transparente,
a sugerir somente
um rio já cansado de correr,
um doce entardecer,
um fim de sementeira.
Versos como cordeiros a pastar,
sem o meu nome, em baixo, a recordar
os outros que cantei a vida inteira.

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