terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Natal de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
de Miguel Torga
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
desapontamento...
Pobres passarinhos!
Voavam os dois no céu cor de cinza.
Já vinham de longe.
Pousa aqui.
Pousa ali.
Num voar atabalhoado
a insinuar um derriço
subiam e desciam.
Ouvia-se o bater de asas,
e o piar afinado chegava ao ouvido
quando o voo era razante.
Umas pingas grossas
de uma chuva que os assustou,
obrigou-os a pousar nos rochedos
enfeitados de limo
rodeados de algas.
Havia que terminar o passeio.
Desconsolados cada um procurou seu ninho.
E assim terminou aquele voo de enamoramento.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
aconteceu...
como descascar batatas por exemplo, pela minha cabeça passa, como num filme de curta ou longa-metragem, toda a espécie de pensamentos.
Um dia lembrei-me de um desenho que a Joana fez, e, resolvi examiná-lo.
Havia nele qualquer expressão, que me foi familiar!
Aquele cabelo arrumado atrás da orelha!
Uma sobrancelha um pouco desnivelada da sua parceira!
O olhar pousado não sei onde, mas numa mira de que nada lhe escapa!
Uma ligeira inclinação de cabeça!
Um sopro de timidez!
Mas em simultâneo uma contraditória aura de determinação!
Uma natural serenidade!
Fiquei a pensar...
Eu conhecia aquela cara de qualquer lado!?
Conhecia...conhecia!
sábado, 11 de setembro de 2010
A menininha acólita
O sino tocou.
Pela porta aberta de par em par,
apenas dois acólitos empunhando grandes sinetas,
que ecoaram na igreja,
acompanhavam o sacerdote que iria celebrar a missa.
Porquê só aqueles dois estavam presentes!?
Férias?
Calor sufocante?
O rapaz com uns anitos mais,
olhava de soslaio para a pequenita,
que muito séria, com as duas mãos bem firmes, abanava a sineta dourada,
e, toda ela balouçava também que nem badalo!
A celebração iniciou.
Os dois acólitos bem atentos desempenhavam suas funções.
No momento de serem lidas as leituras próprias desse domingo,
não foi o rapaz crescidote que levou até ao padre,
o enorme missal forrado de vermelho carmim.
Elevando com os seus bracitos orgulhosamente erguidos,
a menininha pôs a jeito o livro para ser lido.
Não sei como o conseguiu!?
Mas eu senti um bater de asas,
que desconfio seriam de dois bondosos anjos,
que na sua divina e não visível presença,
ajudaram a pequenita a cumprir sua missão!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Este desenho colorido,
fantasioso,
quando me foi enviado pela Joana (a autora),
parecia que me desafiava.
Tentou meter conversa comigo.
Senti até uma provocação no seu ar inquiridor
como quem se atreve
a interromper os meus pensamentos.
Fez bem...
estava triste, muito triste!
Olhei-o de frente,
(e sabes?)
deixei que as cores exuberantes dos seus caracois,
esborratasem os meus negros pensamentos,
e atenuassem a desolação que sentia!
sábado, 16 de janeiro de 2010
O lar é um ninho.
Um porto de abrigo.
Abraço que agasalha.
Refúgio que acolhe.
Lareira que aquece,
e se estende à família,
lá tem seu espaço,
aqueles amigos,
que nós escolhemos.
Um lar é o retrato
de quem nele vive,
em todos os cantos,
e sob o seu tecto,
emana uma alma nele criada!
A porta tem chave,
e só roda no ferrolho,
a mando de nossos critérios!
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Vagueia em meus olhos
um sorriso de espanto,
quando lembro a idade que já tenho!
É dificil acreditar que tanto tempo já passou!
Faço pouco caso da minha mágoa,
quando aninhando em mãos,
tudo aquilo que construi,
sinto que elas são pequenas
para sustentar uma Vida!
É doce reconhecer,
que semeei,
e tudo aquilo que caiu em chão fértil,
já tem dado fruto.
Mas a hora de colher flores ainda passa por mim!
Só não sei até quando!?