domingo, 22 de janeiro de 2012

Conversa sobre Sabedoria



                                                                                                 
                                                                                                      (Joana Mota)


Hoje juntei num "cházinho" em minha casa, diante do acolhedor fogão de sala, estes três abalizados filósofos, Sócrates, Aristóteles, Confúcio com a minha esforçada Experiência, para conversarmos sobre sabedoria...
Comecei a medo...
A todos conhecia, não pelo meu percurso académico, - que foi muito rudimentar - mas pela aplicada atenção a tudo que se passa à minha volta e porque sempre me cativou beber em fontes de água pura e cristalina que mata a minha sede de saber, o que não aprendi em livros de ciência filosófica!
Disse Aristóteles: - A dúvida é o principio da Sabedoria.
Disse Sócrates: - Só sei que nada sei.
Disse Confúcio: - Nada é complicado se nos prepararmos previamente

Isto foram conclusões que se  transformaram em critérios de vida
Cheguei a eles pela experiência!

Sei que pouco sei.
Tenho dúvidas,
mas para os grandes momentos, preparo-me previamente...

(-Achas!?)



sábado, 21 de janeiro de 2012

Lágrima de preta



Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para analisar

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado

Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente

Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais

Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o que é costume

Nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água (quase tudo)
e cloreto de sódio


( de António Gedeão )

domingo, 15 de janeiro de 2012

A estrada da vida

                                                                                                (Joana Mota)

Eu sei que a vida é como se fosse uma estrada a percorrer!
Como eu gosto de viver!

Quantas "estações"
- as quatro -
eu já saboreei...
A todas elas associo etapas que já vivi!
Nessa estrada que comecei como se toda a natureza,
só me presenteasse de árvores em flor
deparei também com tristes ciprestes!
É certo.

Foi tempo em que toda a minha vida,
estava concentrada naquelas árvores floridas.
Hoje em dia esbarro com frequência em hirtos e escorreitos ciprestes.
Seja assim...

Mas aqui estou eu em passo decidido.
Na mão vaso com rebento de planta,
e pronta a contribuir com a água do meu regador
para que na próxima primavera
outra flor dê uma nova alegria à estrada da minha vida...
Será!?